Porque gritamos quando discutimos?

A grande maioria de nós seres humanos aumentamos consideravelmente o volume de nossas vozes ao falar quando alguém nos aborrece. Nunca pensei o porque disso, até semana passada quando um amigo enviou uma nota muito especial que me fez refletir profundamente sobre minha maneira de reagir a alguém quando esse alguém conseguia me influenciar a sair do serio, ou seja falar mais alto e ate mesmo gritar como uma louca como se fosse um carro sem freio.

Faz tempo que não grito com alguém mais me lembro bem de que quando alguém me aborrecia no passado meu volume aumentava consideravelmente e rapidamente. Hoje em dia percebo que as pessoas consideradas irritantes por outros já não me aborrecem tanto, por varias razões que hoje em dia consigo entender, penso que aquela pessoa tem algo de bom para se considerar, que existe uma boa razão por traz de seu ato ou atitude e que ninguém é perfeito etc...

O que eu antigamente considerava imperdoável, hoje em dia considero compreensível, ao ponto de gostar daquela pessoa sem nenhum esforço analítico. Acho isso incrível partindo do principio que minhas emoções são sentidas e reconhecidas 100%, pois para mim isso é imprescindível para nossa saúde emocional, física, e mental. Se deixar sentir livremente, reagindo da melhor maneira que pudemos, ou seja, positivamente independente da emoção de raiva, ou tristeza, ciúme ou frustração. Acredito que se as emoções foram criadas por nossas interpretações, necessitamos expressa-las para que não haja bloqueio energético e conseqüentemente doenças físicas e mentais.

Já escrevi artigos sobre como manter a cabeça fria com outros mais nunca sobre o grito, por isso resolvi dedicar este texto a esse tema pouquíssimo
discutido.

Acho esse assunto importante para o nosso desenvolvimento pessoal e cheguei
a citar no meu livro intitulado “Ame as emoções que você odeia”, que não existe emoções negativas e sim ações negativas. Ou seja, nós é que agimos
negativamente dependendo de nossas decisões, as emoções são o fruto das nossas interpretações portanto elas não agem, nós sim. Então sem essa de culpar as emoções por nossos atos (ou gritos) muitas vezes irresponsáveis e negativos. E quando eu digo agir em relação a uma certa emoção sentida
naquele momento, eu quero dizer, respeitar e aprender dela para que possamos encaminhar o processo natural daquilo que esta nos incomodando.

Tenho certeza que ter aprendido de muitos mestres de luz na terra e ter tido muita experiencia na vida me ajuda a lidar com os outros da maneira que estou hoje em dia... me sinto mais calma e centrada em relação a mim mesma, e o universo. Hoje em dia tenho tanto prazer em ouvir as pessoas como falar, assim fazendo aprendo mais sobre elas, saber ouvir é uma qualidade rara que nem todos seres humanos conseguem alcançar. Quero deixar bem claro que não estou fazendo mestrado para ser considerada santa na terra, simplesmente acho mais inteligente não se deixar sair da calma para o desespero por causa de outra pessoa ou de circunstâncias exteriores. Isso faz mais sentido pra mim do que discutir e gritar para ficar rouca e arrependida depois.

Sei que não sou a única pessoa na terra que se transformou sobre desentendimento com gritaria, adoraria mencionar alguns casos no futuro, se você souber de alguém que era emotivamente drástica(o) ou dramática(o) ou ciumenta(o) e mudou para melhor, me escreve, assim poderemos aprender com outros.

Bom, voltemos aos gritos de uma discussão entre duas pessoas que só faltam brigar fisicamente porque elas se sentem injustiçadas ou desrespeitas pela outra.

Ai vai a linha de pensamento de um dos maiores pensadores da história humana o qual me inspirou a escrever esse artigo e dividir com você sobre o fenômeno do amor dentro de cada um, por si e por outros;

Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:

Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?

- Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles.

Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? Questionou
novamente o pensador.

Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça, retrucou outro discípulo. E o mestre volta a perguntar:

- Então não é possível falar-lhe em voz baixa?

Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador. Então ele esclareceu:

Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecida?
O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se
afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem
escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão
que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.

Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque seus corações estão muito perto.
A distância entre elas é pequena. Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.

E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas. Por fim, o pensador conclui, dizendo:

"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não
digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a
distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta" -- Gandhi

Sua na emancipação de nossos espíritos através das emoções e das ações.

Lygya Maya





A autora é a única brasileira no mundo que combina intuição Xamanica com técnica americana de coaching (treinamento) para ajudar pessoas a adotar atitudes positivas e poderosas que irão eliminar o estresse e injetar paixão na vida profissional assim como a pessoal. Lygya Maya viveu no exterior por 29 anos, e já se apresentou em vários programas de radio e TV Americana (WB11, Fox, CBS, E NBC), além de ter sido mencionada em jornais como o New York Times, New York Post, Daily News, e em revistas como Vanity Fair, Essence, Time Out de Londres. Ela foi uma palestrante da companhia de Anthony Robbins (mestre motivador americano) viajando o mundo em sua companhia por 3 anos e agora volta a morar no Brasil e escreve dicas poderosas e realísticas para você criar uma vida extraordinária. Seu site.

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