A expectativa é que você supere as expectativas

Para quem assistiu Dust Hoffman interpretar um autista em Rain Man, filme lançado em 1988, com Tom Cruise também no elenco, ficou impressionado com a perfeição e realismo das cenas. Grandes atores como Hoffman, De Niro e Al Pacino são gênios – poderíamos dizer. É verdade... Só que além de gênios, eles também são muito dedicados a tudo que fazem. Para alcançar uma primorosa interpretação, estes atores de cachês multimilionários fazem o que se chama de laboratório, onde mergulham no personagem, experimentando todas as suas sensações e posturas. Depois de um certo período, dependendo da experiência do ator, ele é capaz de, não apenas, agir como um autista, mas pensar o que pensa e sentir o que sente uma pessoa autista. Daí surge a interpretação primorosa que lhes rende os melhores papéis e o sucesso na carreira.

Certamente, ninguém ofereceu o papel principal para um ator iniciante, acompanhado de um salário de um milhão de dólares para que ele buscasse fazer o melhor.

Com esportistas não é diferente. Antes de ter seu passe sendo negociado entre os maiores times da Europa por 63 milhões de Euros, o futebolista Kaká (Ricardo Izecson dos Santos Leite), que foi revelado pelo São Paulo FC, em 2001, trabalhou duro por muitos anos antes de receber o reconhecimento. Se conseguia chutar dez vezes e acertar oito, ele tentava acertar nove ou dez. Nada menos que cem por cento interessa.

Michael Jackson é conhecido por seus escândalos e sua vida controversa, entretanto é preciso reconhecer o talento e obstinação pela qualidade que o jovem de origem negra imprimiu em tudo o que fez. Enquanto outros artistas de sua época se acomodavam com músicas arranjadas por músicos da banda ou por produtores do estúdio, Michael queria os melhores em seus trabalhos. Para o solo de guitarra de “Beat It”, Eddie Van Halen. Para o vocal de “The Girl is Mine”, Paul McCartney. Para dirigir o videoclipe de Thriller, ninguém menos que John Landis (diretor de “Um lobisomem americano em Londres”). O caçula dos Jackson Five sempre foi perfeccionista e o resultado disso foi o álbum mais vendido de todos os tempos.

Na vida profissional também temos histórias de sucesso que vieram com muito trabalho primeiro. Noites que são passadas insones para se desenvolver um novo produto, para se superar um desafio ou resolver um problema. Finais de semana onde o que mais importa é fazer bem feito. Empresários como Ricardo Bellino, que com apenas 21 anos de idade, conseguiu trazer para o Brasil a filial da Elite Models e que, anos depois, firmou parceria com ninguém menos que Donald Trump para criar a Villa Trump – o maior condomínio de golfe do Brasil. Nada caiu no colo de Bellino que, desde tenra idade, respirou muito trabalho antes de alcançar o reconhecimento.

Pessoas que trabalham visando o dinheiro que irão receber por seus esforços já nascem mortas para o sucesso. Pessoas que brilham têm o foco no resultado. O dinheiro é mera consequência. Talento aliado a muito trabalho duro é o segredo dos grandes atletas, artistas, empresários, executivos e “gênios” da nossa sociedade. Por tudo isso, não é de hoje que se diz que “O único lugar onde Sucesso vem antes do Trabalho é no dicionário” (Albert Einstein).





O jornalista Marcello Pepe (MTB 19259/MG) trabalhou por muitos anos para o jornalismo brasileiro nos Estados Unidos, onde pode editar, redigir e diagramar vários periódicos brasileiros. Lançou em 1997 o premiado PlanetaFax, sendo o primeiro informativo diário em português nos EUA. Atualmente, é gestor do Relaciono, professional coach, palestrante e professor de comunicação em público. Confira o novo blog de Marcello Pepe em www.marcellopepe.com

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