Não existem emoções negativas, apenas ações negativas

“Não existe nenhuma emoção negativa! Nós é que agimos negativamente como resultado de traumas emocionais”.

Já ouvi e li centenas de vezes o termo emoções negativas, dito e escrito por doutores, palestrantes, professores e pessoas em toda parte. Cada vez que o ouço, minha resposta é a mesma: procuro ensinar a todos o que mencionei no parágrafo acima. Acredito que uma das minhas missões é a de servir como advogada de defesa das emoções. Algumas delas são provenientes de experiências dolorosas, e por isso, às vezes, nossas ações se tornam negativas também.

Por exemplo, a raiva. Em geral explodimos ao sentir raiva – e ainda tentamos nos controlar ao máximo, para não agravar a situação. No caso de haver uma comoção, por favor, não responsabilize as emoções com as ações negativas que escolheu vivenciar! Emoções foram criadas não só para serem sentidas, mas como um guia das coisas mal resolvidas do passado. Se tivermos respeito aos nossos sentimentos relacionados à raiva, e conseguirmos resolver a situação positivamente, a raiva estará esclarecida. Se por um acaso você quiser se aprofundar nesse tema, vá ao meu site e compre o livro virtual “Ame as emoções que você odeia!” por somente $15 na promoção, vá ao último capítulo do livro para ver e fazer os exercícios que liberam certas emoções desconfortáveis.

As emoções que em geral não controlamos, como a alegria, fluem de modo natural. Como quando pulamos feito crianças, damos altas gargalhadas e gritamos como loucos quando o Brasil ganha a Copa do Mundo. Estas são normais e confortáveis.
Três fatores ajudam as ações negativas: interpretações errôneas, julgamento e desinteresse. 

1. Interpretações Errôneas

As interpretações baseadas em experiências passadas têm o efeito de parasitas no sistema nervoso, passando a ser nocivas para o resto da vida, se não ficarmos atentos às interpretações que damos a elas.

Conheço uma mulher que se baseia tanto em suas experiências negativas anteriores, que com dificuldade consegue ter uma conversa sadia para seu próprio prazer. Geralmente, ela se ofende com uma pergunta inocente, porque pensa que a pergunta tem um significado implícito e este não  é positivo. Sente-se vítima da pergunta sem intenção de ofender ou julgá-la. Pessoas assim não  “ouvem” a pergunta, elas “interpretam” a pergunta, e a comunicação se torna uma tortura para ambas as partes. Há  frustração na pessoa que perguntou – por não estar sendo ouvida – e na que “reage” de maneira evasiva – por se sentir julgada. O resultado pode ser desastroso, muitas vezes causando discussões desnecessárias.

Ocorre que muitos de nós colocamos a culpa nos outros, por nossas tristezas, frustrações e raiva. Na verdade, somos nós que geramos estes sentimentos. Ninguém abre nossa cabeça ou coração e coloca sentimentos dentro deles, nós é que os sentimos, interpretando cada situação.

Solução para uma comunicação sadia:

Sugiro que aprendam a “ouvir” a pergunta e não só escutar para interpretar. Só assim a comunicação pode ser benéfica para ambas as partes. 

2. Julgamento

As únicas pessoas pagas para julgar outras na Terra, que eu saiba, são os juízes. Caso contrário, observe as suas palavras e seu raciocínio em situações envolvendo outras pessoas, ou consigo próprio.

Julgar é  muito fácil de se fazer e dificílimo de não se praticar. Requer hábito e concentração para não se escorregar na casca da banana. Eu mesma estou sempre me policiando. Quando o faço, repreendo-me ou peço desculpas a quem julguei (o que não deixa de ser difícil). Mas, com o treinamento emocional, não quero relaxar, é importante ao próprio crescimento.

Às vezes um colega de trabalho ou alguém da família pode abalar nossos nervos profundamente. Mas com determinação, podemos transformar vibrações negativas em resultados positivos. É garantido! Podemos mudar uma situação de imediato. E este processo positivo eu chamo de “Chika Chika Bum”, uma situação negativa transformada em positiva como um passe de mágica.

A fórmula de sucesso neste caso é ter uma combinação de paciência e determinação; ação e muita criatividade focando no mútuo divertimento.

Em várias ocasiões tive uma enorme satisfação por transformar situações negativas – quase impossíveis de reverter – em positivas. Como não desisti do processo, influenciei as pessoas que se sentiam miseráveis a sorrir ou a aprender algo positivo – sem ofendê-las. O resultado afirmativo é um prêmio emocional prazeroso. Cresceu um poder dentro de mim, e eu observei que podemos influenciar a energia de um indivíduo e vice-versa, tanto para o mal como para o bem. Isso só depende de nós. Olhando um desconhecido com um sorriso aberto e sincero, teremos 90% de possibilidade de receber o mesmo. Digo 90%, pois há os que não sorriem para estranhos por medo ou porque o fígado está sujo. Outros, pelo fato de os dentes estarem mal tratados: não sorriem nunca. Brinco um pouco, mas no fundo, o mencionado pode ser real. Guarde sempre em mente que não agradamos ao mesmo tempo a gregos e troianos.

Precisamos ter muito cuidado interpretando uma situação, porque podemos estar por completo enganados em seu julgamento. Por exemplo, uma vez, ao fazer uma palestra para mais de 200 mulheres americanas e latinas, senti-me desconfortável, pois a audiência estava séria e quase não reagia ao que eu falava. Por fim, comentei com a presidente do comitê da organização sobre o silêncio pesado com lástima, achando que eu não tinha me saído bem. Foi aí que seus olhos ficaram maiores do que uma bolinha de gude. “O quê? Você está sonhando? Nunca tivemos uma audiência tão ‘atenta’ como hoje. Todas adoraram sua palestra, o silêncio foi por causa da ’atenção’ prestada às informações importantes que você estava passando tão bem. Vamos convidar você  de novo, 45 minutos não foram suficientes”, exclamou. Depois disso, recebi muitos elogios da audiência, enchendo meu coração de prazer.

O julgamento que fiz da audiência e de mim só tinha fundamento na minha insegurança quanto à apresentação.
Solução para ser ter mais compreensão:

Ter humildade e curiosidade para aprender com as pessoas, sem preconceitos. 

3. Desinteresse

Se conversamos com alguém sem interesse em saber sobre a pessoa ou no que ela está falando, nossa energia se torna óbvia e transparente como água para o interlocutor. Em qualquer circunstância, nos negócios ou com familiares e amigos, se cometermos esse erro, a outra pessoa se sentirá  ofendida. Principalmente nos negócios, a transação não será bem-sucedida. Pode-se perder muito dinheiro com isso. Mesmo para vender alguma coisa, interesse e curiosidade são essenciais para a conexão interpessoal.

A curiosidade nos leva à sabedoria, pois aprenderemos mais e levaremos vantagem sobre os nossos competidores em qualquer situação.

Se nos comunicamos sem empenho com alguém, estamos desperdiçando tempo. O desinteresse reduz qualquer possibilidade de qualidade na comunicação. Portanto, é proveito nosso ser curioso e mostrar zelo por alguém ou por tudo o que a vida nos mostra.

Se não fôssemos curiosos, não digitaríamos em computadores e não teríamos ido à Lua.

Solução para se ter mais interesse em aprender:

Perguntar, perguntar e perguntar mais um pouquinho só para confirmar…  Nenhuma pergunta é estúpida. Esperto é o que pergunta e ignorante o que se limita a aprender.

 “Comunicação é uma grande habilidade. Gastamos a maior parte do tempo nos comunicando. Mas considere: gastamos anos aprendendo a ler e a escrever, e anos aprendendo a falar. Mas, e a ouvir? Que treinamento ou instrução  tivemos que nos ensinou a ouvir, para que possamos compreender profundamente outro ser humano? Procuramos de imediato ser compreendidos. A maioria das pessoas não ouve com a intenção de compreender, e sim para responder. São falantes ou estão se preparando para falar. Filtram a conversa com seus próprios paradigmas, lendo sua autobiografia na vida das pessoas”. (Stephen R. Covey, em “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes”).

Aprenda a ouvir com curiosidade e respeito, além de esperteza. Aprenda um pouco de tudo e de todos, e eventualmente será uma pessoa sábia.

E não se esqueça: a natureza nos deu dois olhos, dois buracos no nariz, dois ouvidos e somente uma boca, por alguma boa razão.
 
Sua no amor pela emoção

L.)





A autora é a única brasileira no mundo que combina intuição Xamanica com técnica americana de coaching (treinamento) para ajudar pessoas a adotar atitudes positivas e poderosas que irão eliminar o estresse e injetar paixão na vida profissional assim como a pessoal. Lygya Maya viveu no exterior por 29 anos, e já se apresentou em vários programas de radio e TV Americana (WB11, Fox, CBS, E NBC), além de ter sido mencionada em jornais como o New York Times, New York Post, Daily News, e em revistas como Vanity Fair, Essence, Time Out de Londres. Ela foi uma palestrante da companhia de Anthony Robbins (mestre motivador americano) viajando o mundo em sua companhia por 3 anos e agora volta a morar no Brasil e escreve dicas poderosas e realísticas para você criar uma vida extraordinária. Seu site.

O conteúdo veiculado nas colunas é de responsabilidade de seus autores.