Como as emoções movem o dinheiro

Existem empresários, contadores e economistas que sabem tudo sobre economia e finanças, mas na vida pessoal não sabem administrar seus recursos. Assim como outras pessoas lêem livros e comparecem a palestras sobre prosperidade e riqueza, não mudam suas biografias em relação à abundância financeira. Esse é o problema: não basta saber a teoria. É preciso conhecer, entender e aplicar a relação entre emoções e dinheiro.

Vamos falar somente sobre o “dinheiro” primeiro. Pare de ler por um segundo e se pergunte o que o dinheiro é para você, em uma frase somente. Escreva num papel e depois continue lendo, por favor.

Quando eu faço esta pergunta aos meus clientes e alunos, a maioria responde o seguinte:

❁ Dinheiro para mim é poder

❁ Dinheiro para mim é segurança

❁ Dinheiro para mim é liberdade.

Seja qual for a resposta, a verdade é que todos os três exemplos dão importância à “interpretação” de cada indivíduo. Eles responderam com relação ao significado do que o dinheiro representa para eles, não explicaram o que o dinheiro é realmente.

O dinheiro para mim não significa algo. Para mim o dinheiro “é” um pedaço de papel e o metal que nós seres humanos críamos para trocar por serviços e coisas.

Aliás, hoje em dia nem isso é, pois o nosso dinheiro agora se transformou em plástico, o cartão de crédito. É o salva-vidas do empréstimo que nos é dado como prova de honestidade e pela comprovação de pagamentos mensais. Não temos de ter dinheiro vivo como antes para comprar um apartamento ou um carro. Assina-se um papel comprovando o rendimento e, se houver bom crédito na praça, você compra o que quiser. Quem leva a melhor é o banqueiro, que ganha em cima dos juros que você paga pra sempre. E se não conseguir pagar, ele ainda leva seus bens, isso sem ter-lhe dado dinheiro algum. Esperto, não?

Existem nove tipos de relacionamento humano com o dinheiro. Eles são reconhecidos pelo modo com que as pessoas lidam com ele, e têm raízes profundas no inconsciente. São eles:

1. O devedor – É a pessoa que gasta compulsivamente, não tendo recursos para pagar suas dívidas. Para saldar um empréstimo faz outro empréstimo e assim por diante.
2. O escravo – Trata o dinheiro como se este fosse seu dono. Primeiro o dinheiro, depois ele.

3. O gastador - Compra tudo o que quer, sem perspectiva de futuro.

4. O desligado – Não tem interesse pela vida material e pelas questões práticas, em função de uma crença ou um estilo de vida.

5. O rancoroso – Aquela pessoa que tem raiva do dinheiro e das pessoas que o têm.

6. O confuso – Estas pessoas acabam dando tudo o que possuem para seus entes queridos.

7. O esperto – Utilizam-se da boa-fé ou da ingenuidade dos outros para arrumar dinheiro.

8. O desconfiado - São no geral paralisados pelo medo e não se permitem agir. Se o assunto envolve dinheiro desconfiam de corrupção.

9. O pão-duro – Guarda 99% do dinheiro que ganha. Pensa que se gastar alguma coisa vai fazer falta no futuro.

Você deve ter se identificado com algum dos tipos acima. Quer modificar seu relacionamento emocional com dinheiro? É importante entrar em contato com o período em que você montou sua primeira estratégia de vida, por volta dos dois aos três anos de idade, de forma inconsciente. Desbloqueando a energia que criou em relação ao dinheiro, você se sentirá livre para tomar suas próprias decisões relacionadas à riqueza e ao poder. A orientação de um profissional habilitado é fundamental para trazer à consciência processos inconscientes.

Quando ajudo meus clientes com algum problema relacionado ao dinheiro (ou qualquer outro tipo de bloqueio emocional) sempre faço perguntas como:

“Quem cria na sua vida? Você ou o dinheiro” Resposta: O dinheiro não cria, nós é que criamos o dinheiro.

Por fim, o que desejamos com a força do nosso coração, podemos fazer acontecer – mesmo com todas as consequências ou dificuldades – se assim quisermos.

Já perguntei a várias pessoas que me disseram que “não tinham dinheiro” para alguma finalidade, e se alguém que eles amassem muito (como filhos ou pais) precisasse se operar urgentemente, eles conseguiriam a quantia. As respostas eram unânimes: “Sim, claro!” respondiam.

Daí eu pergunto a você, leitor: se você consegue criar dinheiro do nada para salvar a vida de um ente querido, você não acha que deve a si mesmo a determinação em relação ao seu bem-estar e à sua felicidade? Por isso vou continuar dizendo: se você pode criar dinheiro para ajudar os outros, também pode para você mesmo.

Não mais deixarei que meus padrões antigos e pensamentos limitados (como dizer sempre que não tinha dinheiro), conduzam meu futuro – me impedindo de aprender e voar em direção ao sucesso financeiro – como fazia no passado. Prefiro ser um exemplo de perseverança e determinação, criando e confiando na minha força interior de manifestar a vida exterior, como faço agora, dividindo este aprendizado importante com milhares de pessoas.

Tudo o que falamos contém energia, por isso temos que ficar bem atentos para isso. O que dizemos carrega o que sentimos.

Mesmo que falemos sem intenção ou digamos o famoso “é brincadeira!” (mania de brasileiro) carregamos uma responsabilidade, porque o universo não sabe a diferença entre o que você está falando por brincadeira ou não. O universo não interpreta, o universo ouve e se manifesta.

Se falarmos para nós mesmos ou para alguém: “não tenho dinheiro”, pronto!, o universo nos ajuda a “não ter dinheiro”, porque é isso em que acreditamos e dizemos com certeza absoluta. Isto foi um aprendizado em um seminário super instrutivo em Nova York. Na época, eu estava totalmente dura, com quinze mil dólares de débito no cartão, recém-separada e comendo pouco, pois o dinheiro era escasso. Mesmo assim, assinei um contrato de dez mil dólares para fazer um curso de mestrado na universidade local, para ser, ter, e saber mais sobre mim e a vida que estava se manifestando. O resultado da minha decisão, mesmo sabendo que não tinha o fundo financeiro, terminou sendo uma das maiores vitórias de minha vida profissional, que eu não podia supor com um resultado tão mágico.

Imagine você que após me inscrever na universidade, sem dinheiro algum, a minha decisão foi “mudar” a minha linha de pensamento e diálogo interno de “não tenho grana” para “eu tenho muita grana” ou “eu tenho dinheiro”.

Dei-me também como desafio 48 horas para ter o valor (pelo menos o depósito de dois mil dólares). Assim, poderia segurar o preço descontado dado no evento. No momento da minha decisão, não pensei como no passado: “isso é muita prata para mim” ou “eles estão me vendendo isso só para pegar minha grana”, etc… Tudo o que eu queria era “transformar” minha vida de uma vez por todas! Pois a crença tida em relação a dinheiro já estava ultrapassada e, além disso, eu não tinha muita escolha: ou mudava ou sucumbia. Preferi achar uma coragem profunda e mergulhar na confiança em mim mesma. Afinal de contas, se eu tinha sido inteligente o suficiente para ter conseguido criar quinze mil dólares em débito, seria inteligente o suficiente para criar o oposto, não é verdade?

Como resultado, em menos de 24 horas consegui três mil dólares de crédito e, com isso, consegui não só fazer o depósito prometido, como também confirmar que o universo trabalha a seu favor, literal e cegamente, sem interpretação. Além de ter mudado meu diálogo interno de “não tenho” para “tenho” grana, também focalizei a mente na solução e criatividade para obter o que queria, em vez de fixar a atenção na limitação de não ter crédito ou dinheiro vivo. Perguntei-me muitas vezes, na época, o que seria inteligente fazer para conseguir a verba (pelo menos o depósito). O que melhor veio à cabeça naquele momento foi: quem teria uma soma para me emprestar? Meus pais não tinham, meus amigos também não. Mas o banco tem. Portanto, vou telefonar ao banco, e assim o fiz. E, com a minha forte intenção, consegui convencer o bancário que seria bom para ambas as partes, se eu conseguisse mais três mil dólares de crédito. Eu pagaria meu débito mais rápido pois aprenderia mais sobre o dinheiro na universidade na qual me inscreveria, e eles teriam o pagamento mensal assíduo.

E, tal qual um verdadeiro milagre, consegui também juntar uma grana para fazer um dos cursos que me serviram como ponte, a fim de aprender sobre investimentos, o que nunca aprendera antes.

Soluções para manifestar a presença de dinheiro:

Focaliza no que quer alcançar com a mente, a emoções, o espírito e o corpo.
Não duvide do que visualiza e almeja que vai acontecer!
Convença-se de que o que quer é um fato consumado.
Fala sempre sobre o assunto com motivação, dinamismo e determinação.
Trabalha no que quer, sempre com atenção nas linhas que o universo está traçando para você chegar lá.

Sua nas emoções.

L.)





A autora é a única brasileira no mundo que combina intuição Xamanica com técnica americana de coaching (treinamento) para ajudar pessoas a adotar atitudes positivas e poderosas que irão eliminar o estresse e injetar paixão na vida profissional assim como a pessoal. Lygya Maya viveu no exterior por 29 anos, e já se apresentou em vários programas de radio e TV Americana (WB11, Fox, CBS, E NBC), além de ter sido mencionada em jornais como o New York Times, New York Post, Daily News, e em revistas como Vanity Fair, Essence, Time Out de Londres. Ela foi uma palestrante da companhia de Anthony Robbins (mestre motivador americano) viajando o mundo em sua companhia por 3 anos e agora volta a morar no Brasil e escreve dicas poderosas e realísticas para você criar uma vida extraordinária. Seu site.

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