Semeador de idéias

No primeiro caso, é mister destacar que os 28 livros que já publicou venderam, apenas no Brasil (país de que nos queixamos tanto de que a população odeia leitura), a “bagatela” de 12 milhões de exemplares!! Trata-se, pois, de fenômeno editorial sobre o qual há muito eu queria falar, nem que fosse só de passagem, como o presente texto. Ademais, ganhou o mundo e sua obra inteligente e provocante já chegou a 50 países. Sou fascinado por pessoas geniais. E Augusto Cury, certamente, o é.

Seu livro mais recente, cujo título é, justamente, o destas considerações, “O semeador de idéias”, mantém trajetória vitoriosa no mercado editorial. Pudera! Tem conteúdo! Não se limita a mero bla-bla-bla, como tantas obras, badaladas pela crítica, mas apenas retóricas e, pior, ocas. Claro que não farei sequer um resumo desse ótimo lançamento, para não me tornar estraga prazer e não privar você, fiel (e paciente) leitor da satisfação da descoberta do seu texto (se ainda não o leu) ou do reencontro com ele (caso já tenha lido algo desse escritor).

Mas se me omito de traçar resenha de “O semeador de idéias”, pelas razões expostas, não preciso me omitir também de falar do seu autor. Esse médico do corpo, da mente e da alma lida com o que temos de mais nobre: a razão. E, por extensão, lida com sua principal aptidão, ou seja, com a capacidade de entender o que vê, ouve e sente, denominada, genericamente, de inteligência. Daí ser semeador (ou vendedor?) desse produto abstrato, que gera, no entanto, tudo o que é concreto: idéias. E as idéias, quando originais, têm vasta aceitação, sim senhores. Tanto que pesquisa do jornal Folha de S. Paulo comprova que Augusto Cury foi o escritor mais lido da década. E isso num país tido e havido como avesso aos livros!

Outra façanha sua é o desenvolvimento da “Teoria da Inteligência Multifocal”. Mediante essa doutrina, explica o funcionamento da mente no processo de construção do pensamento e, por conseqüência, na formação dos pensadores. Suas idéias a respeito são fascinantes. Não sou, evidentemente, o mais habilitado a explicá-las e, a bem da verdade, este nem seria o espaço apropriado para isso.

Levantei a hipótese de Augusto Cury ser vendedor de idéias, mas devo retratar-me, o que faço com humildade e satisfação. Apesar de seus livros serem “vendidos”, não “doados” ele é, mesmo, semeador, e dos mais prolíficos e diligentes. Basta citar a Academia da Inteligência, instituto que ajudou a fundar e que dirige há bom tempo . Trata-se de instituição ímpar, que promove o treinamento de psicólogos, educadores e outros profissionais voltados a assegurar a sanidade mental das pessoas. Ademais, sua ação ultrapassa fronteiras. Tanto que, em 2006, foi fundado o Instituto Augusto Cury, em Portugal, mais especificamente na cidade do Porto, para semear, Europa afora, suas idéias. Minha reverência, pois, ao abnegado semeador.





Jornalista, radicado em Campinas, mas nascido em Horizontina, Rio Grande do Sul. Tem carreira iniciada no rádio, em Santo André, no ABC paulista. Escritor, com dois livros publicados e detentor da cadeira de número 14 da Academia Campinense de Letras. Foi agraciado, pela sua obra jornalística, com o título de Cidadão Campineiro, em 1993. É um dos jornalistas mais veteranos ainda em atividade em Campinas. Atualmente faz trabalhos como freelancer, é cronista do PlanetaNews.com e mantém o blog pedrobondaczuk.blogspot.com. Pontepretano de coração e autêntico "rato de biblioteca". Recebeu, em julho de 2006, a Medalha Carlos Gomes, da Câmara Municipal de Campinas, por sua contribuição às artes e à cultura da cidade.

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