Como cortar um mal pela raiz

Na maioria das vezes não estamos preparados para o que der e vier no que diz respeito ao inesperado.

Alguns desastres neste período de nossas vidas são tão absurdos que duvidamos que o fato de um jovem entrar em uma sala de aula e matar friamente vários inocentes acontecesse no Brasil. Que governantes que acreditamos serem escolhidos para nos proteger nos roubam acintosamente e descaradamente, ano após ano, sem nenhuma reação lógica da sociedade.

Há anos acordamos com nossas crenças, padrões e valores nos submetendo a crimes atrozes, choques incomensuráveis, acontecimentos inesquecíveis. Talvez por nos sentirmos indefesos, pequenos e anestesiados. Continuamos agindo como sempre, no marasmo.

Como viver de maneira digna mesmo sabendo que temos e somos material para uma história real, cheia de fatos que nos tornam vítimas por um período interminável e abominável?

Será esse nosso fim? Testemunhar e nos calar? Reclamar sem nos revoltar?

Acordei hoje pensando e me perguntando: posso ou não mudar a mim mesma e enfrentar o que não suporto ver? O que fazer?

Ligo a TV e vejo crimes e injustiças dia após dia, muito raramente uma notícia boa que me faz sorrir e sentir alegria. “Já sei, mudo o canal, tenho a opção de ver outra coisa mais normal. Que me faça bem, que me eduque e me inspire para um mundo mais natural.”

Leio no jornal um sensacionalismo que me traz calafrio, prefiro não comprar e me recusar a prestigiar a injustiça e me deixar levar pela emoção. Prefiro proteger meu coração

O que fazer? Como mudar de imediato? Com certeza não é o nosso vizinho, a mídia ou a história, a única pessoa que podemos mudar em qualquer momento somos nós mesmos.

E porque será que assim não procedemos? Será que somos hipnotizados? Amordaçados de uma maneira invisível e definitiva? Será que gostamos de ver cada vez mais a morte de perto? E por isso compramos cada vez mais jornais, assistimos cada vez mais a TV com a tela do tamanho da tela de cinema na nossa sala?

Por que não paramos de agir como robôs? Porque nos sentimos poucos, pequenos, inseguros e medrosos em relação a mídia que nos entra pela casa adentro nos fazendo calar na hora do jantar? Ou a novela que nos faz chorar?

Não sei todas as repostas do que pergunto, mas também não estou perguntando só por perguntar. Por isso mesmo sei que é chegada a hora de escrever e extravasar. Estou sem dormir direito há um tempo, pois as imagens das crianças correndo na escola do Rio de Janeiro para salvar suas vidas não para de passar como um filme repetido me enchendo de sofrimento.

Caramba! Onde ele se inspirou para isso? Como chegou a conclusão que podia fazer isso? Talvez na própria TV ou no computador tenha visto algo parecido lá dos Estados Unidos e se inspirou e nos matou.

Foi ai que pensei: “se um jovem pode influenciar o mundo e nos inchar de tristeza, como seria se a mídia nos desse o presente de mostrar uma pessoa por dia que, com sua história, fosse capaz de nos inchar de alegria?” Como seria?

As reportagens são muito maiores em número de destruição do que em numero de paixão. Paixão de viver e não de morrer. Será que assim nós teríamos a chance de viver com mais harmonia?

Será que viveríamos com mais coragem e sem tanto medo e apatia?

Será que assim teríamos a chance de entender que as notícias boas da vida não estão na TV ou no jornal mas sim no nosso dia a dia?

Talvez assim tivéssemos a chance de criar paz dentro de nós, sem tanto estresse pra lidar e prejudicar fora de nós.

Que nunca nos esqueçamos que temos a capacidade de desligar a TV e não comprar o jornal caso tenhamos a consciência esperta para a lavagem cerebral que esse tipo de sistema nos impõe. Os profissionais no ramo dizem que nós somos os mais interessados em ver crimes e a morte do que desafios suplantados pela vida. Eles afirmam veementemente “Isso dá IBOPE!”. Será que eles estão certos? Será que nós estamos apoiando tanta criminalidade, desonestidade e mortalidade?

Na minha opinião nossos resultados positivos (ou não) são criados por nós mesmos de dentro pra fora e não ao contrário, como a maioria dos seres humanos aceitam e se deixam levar.

Talvez o que aqui sugiro pareça absurdo para você que me lê, porém essas são palavras nascidas de uma filósofa nata que desabafa com sua garra tudo que seu coração comanda escrever.

Choro e grito no papel o que o meu repúdio comanda fazer.

E você? O que gostaria de fazer? Continuar viciado na droga da tristeza e do medo até se congelar e matar?

Convenhamos, podemos ser fortes e preservarmos nosso interior com todas as chaves do poder de ser. Cabe a nós retomar nosso reino e fazer dele um templo de paz e harmonia. Somos nós que votamos, somos nós que ligamos a TV, somos nós que compramos os jornais, ninguém mais.

Espero que um dia não muito distante tenhamos sob controle muito mais amor em nossas vidas do que o ódio e a matança que acontece em nosso exterior.

Como já diziam os Hippies dos anos 70, Paz e Amor!

Lygya Maya





A autora é a única brasileira no mundo que combina intuição Xamanica com técnica americana de coaching (treinamento) para ajudar pessoas a adotar atitudes positivas e poderosas que irão eliminar o estresse e injetar paixão na vida profissional assim como a pessoal. Lygya Maya viveu no exterior por 29 anos, e já se apresentou em vários programas de radio e TV Americana (WB11, Fox, CBS, E NBC), além de ter sido mencionada em jornais como o New York Times, New York Post, Daily News, e em revistas como Vanity Fair, Essence, Time Out de Londres. Ela foi uma palestrante da companhia de Anthony Robbins (mestre motivador americano) viajando o mundo em sua companhia por 3 anos e agora volta a morar no Brasil e escreve dicas poderosas e realísticas para você criar uma vida extraordinária. Seu site.

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