Riqueza e Pobreza no Cristianismo Primitivo

Riqueza e pobreza certamente constituem o tema mais paradoxal da revelação bíblica. De um lado, a pobreza, sentida como valor positivo, de outro, o juízo negativo sobre as riquezas, que é preciso avaliar á luz do cêntuplo prometido por Jesus a seus seguidores e que compreende também os bens terrenos. Difícil equilíbrio, em que a busca do reino de Deus se põe como ponto seguro de referência já na concretude histórica. O anúncio cristão, no que concerne aos bens terrenos, deve ser lido à luz da história da salvação e da história das doutrinas sociais, econômicas e políticas. Tal anúncio é confrontado, sempre de novo, com as situações de cada cultura para mostrar a sua perfeição e, ao mesmo tempo, a sua diária encarnação. É o que se propõe a presente pesquisa, através do exame de dois textos fundamentais - episódio do jovem rico e a parábola do rico insensato - nos comentários dos Padres dos primeiros cinco séculos: Clemente, Orígenes, Cipriano, Hilário, Basílio, Gregório Nazianzeno, Ambrósio, Crisóstomo, Agostinho, Cirilo. A obra, apresentando entre outras coisas passagens das mais significativas e "candentes" de tais prestigiosos Autores, permite captar com clareza uma pluralidade de vozes que não leva a contradição. Pluralidade devida a determinadas circunstâncias históricas, ambientais, pessoais de cada um dos Padres, mas também sinal da inexaurível profundidade da Palavra bíblica e daquele respeito pela liberdade das consciências diante das quais se expõe o anúncio. É uma pluralidade que concorda em alguns pontos irrenunciáveis: a bondade das coisas, a igualdade dos homens, o dever de compartilhar até mudar a condição do pobre.



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