Madonas de Leningrado, As
No outono de 1941, o exército alemão se aproximou de Leningrado, sinalizando o inicio do que se tornaria um longo e tortuoso cerco de 900 dias. Durante meses, os moradores da cidade enfrentariam bravamente a fome e o inverno rigoroso, enquanto tentavam se defender da barbárie nazista. Marina, guia do Museu Hermitage, está envolvida em uma tarefa delicadíssima. Em companhia de outros funcionários, empenha-se em embrulhar e esconder inestimáveis obras de arte. O resultado são galerias e corredores desertos, cujas paredes preservam apenas molduras vazias - esperança de retorno das relíquias ao fim do cerco. Em seu nobre esforço para manter a lucidez enquanto as bombas de Hitler caem sobre a cidade, Marina grava na memória, em tênues pinceladas, as obras do museu: os nus femininos, os anjos, as madonas. A guia tenta montar um palácio de memória, um Hermitage pessoal em sua mente, para onde foge na tentativa da escapar do horror, da fome e da morte. Sessenta anos depois, em Seattle, Marina tenta manter o senso de realidade. Aos poucos, o mal de Alzheimer tira das mãos da senhora russa o controle de seu cotidiano. Embora não consiga guardar as lembranças recentes - os detalhes das vidas de seus filhos já adultos, a aproximação do casamento da neta-, o passado distante está preservado: imagens intensas de sua juventude na Leningrado despedaçada pela guerra surgem de maneira espontânea, e elas as atravessa na tentativa de alcançar seu palácio de memória. Deslocando-se no tempo entre URSS e os EUA contemporâneo, As Madonas de Leningrado é um retrato cruel da guerra, da memória e da arte de oferecer beleza, graça e esperança em face de um desespero opressor. Cativante, comovente e sofrido, este livro marca a estréia de Debra Dean, uma nova voz na literatura americana.
Editora: Record
ISBN: 8501074063
Ano: 2006
Edição: 1
Número de páginas: 269
Acabamento:
Brochura
Formato: Médio
Complemento da Edição: Nenhum
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