Bazar Atômico, O

Um artefato simples, de tipo tubular, "que qualquer pessoa poderia hoje construir em uma garagem", destruiu Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945, causando a morte de 150 mil pessoas. Cientistas que desenvolveram outras bombas como essa logo compreen­de­ram que estavam propagando um conhecimento com potencial para produzir o suicídio global. Ao longo das décadas seguintes, porém, os países que dominaram o ciclo de pro­du­ção de bombas nucleares se deram conta de que a impossibilidade de defesa contra um ataque nuclear era, de fato, a verdadeira defesa contra ele. Na avaliação de um velho pro­ta­gonista da Guerra Fria, uma das fontes do jornalista William Langewiesche, as gran­des potên­cias hoje estão encalacradas com os arsenais nucleares que não podem usar. O pe­ri­go, alerta ele, é que esses artefatos se tornaram "a arma dos pobres".Esse é o ponto de partida da inquietante investigação de Langewiesche. O autor primeiro nos leva a uma das antigas "cidades secretas" da ex-União Soviética, que nem sequer existiam nos mapas, e onde hoje o governo americano investe milhões de dólares na tentativa de reaparelhar e proteger velhas instalações atômicas. É uma expedição por um mundo quase sobrenatural, em que se misturam burocracia, paranóia, despreparo e humor negro.Em sua viagem pelos bazares atômicos do mundo, o autor então nos conduz ao Pa­quis­tão. Ali vamos conhecer Abdul Qader Khan, o ousado e sinistro cientista que, de­pois de anos de trabalho na Holanda, regressou a seu país na década de 1970 com planos e projetos roubados embaixo do braço, e a determinação de dar à sua pátria um arsenal nu­clear - o que, afinal, ele acabou conseguindo. E foi além: Khan pode ser considerado o maior proliferador nuclear de todos os tempos; suas digitais são encontradas, de forma dire­ta ou indireta, em diferentes esforços de dominar a bomba atômica na Coréia do Nor­te, na Líbia, no Iraque e até no Brasil. Para não falar do Irã, cliente tradicional do Pa­quis­tão, que mantém conversas e negócios com Khan há mais de vinte anos com o pleno co­nhe­cimento da cia e a complacência do governo americano. Num mundo em que os ne­gó­cios falam mais alto que os esforços diplomáticos, Langewiesche apresenta uma visão rea­lis­ta da ameaça que essas novas potências nucleares representam a todos nós.
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 9788535910605
Ano: 2007
Edição: 1
Número de páginas: 192
Acabamento: 
Brochura
Formato: Médio
Complemento da Edição: Nenhum


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