Fogo de Brasa

Longe de ser um mero contador de histórias, Mandiargues cria situações originalíssimas e cativantes, que se situam sempre entre o real e o onírico, para gerar e trabalhar aquilo que é a essência da verdadeira literatura: uma linguagem nova e inesperada, responsável maior pelo espetáculo do texto. Como diz Roland Barthes, em Sade, Fourier, Loyola, todo escritor pratica a logotésis, é um logoteta, um criador, um fundador de língua. E poucos superam Mandiargues nesse ato criador. O caráter ao mesmo tempo minucioso e fluido das suas descrições de ambientes internos ou externos, assim como a caracterização das suas personagens, de que são exemplos a escadaria, o apartamento dos brasileiros e os dançarinos em "Fogo de brasa"; as salinas abandonadas, a vila escura e nevoenta entrecortada de canais, a casa de tolerância, a estranha figura feminina de Rodogune Roux com seu carneiro, em "Rodogune"; as três minúsculas, eróticas e milenares mulheres nuas do


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