Diálogos com Iberê Camargo

Sabe-se que a memória constitui questão central na obra de Iberê Camargo, à atitude marcante na maturidade do artista, de construir e desconstruir a pintura através do revolvimento incessante de sua matéria, indicando uma memória sem objetos, impossivel de se fixar. É evidente que a memória em jogo nessa obra exigente, insuspeita de sentimentalismo ou auto-indulgência, não exprimiria a nostalgia de uma origem, a remissão a um passado absoluto, que só podem, ser idais. Ao contrário, nos termos do realismo exasperado da trabalho de Iberê Camargo, a memória é a memergência inadiável de um presente lúdico e atordoante, devir implacável que ele não pode experimentar senão como algo já prestes a tornar-se póstumo.


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