Quanto Vale um Cineasta Brasileiro?

A idéia de que o objeto artístico "filme" deve tão somente agradar aos espectadores, ganha cada vez mais espaço numa sociedade de mercado que transforma tudo a sua volta num produto fabricado para atender às expectativas dos consumidores. É melhor construir um filme palatável, segundo o paradigma norte-americano de sucesso de bilheteria, do que surpreender o público, muitas vezes educado a apenas gostar daquilo que lhe é reconfortante, familiar e, portanto, não desestabilizador. O produto filme/bonitinho, digestível, de fácil aceitação e recepção, passa a ser sinônimo de qualidade, enquanto a obra cinematográfica que incomoda, que provoca dor e, portanto, quebra a tranqüilidade daquele que assiste e o convida para reflexão, passa a ser um investimento de risco, cujo retorno é inviável. Quanto vale, então, um cineasta que, sem deixar de pensar no público, opta pela análise das contradições presentes na realidade sem, no entanto, atenuá-las para que o produto final seja mais vendável? Quanto vale um cineasta que não segue o modelo dominante e chega a deixar o cuidado formal em segundo plano em nome da idéia que tenta compartilhar?


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