Dostoiévski: Bobók

A obra do escritor russo Fiódor Dostoievski sempre despertou reações calorosas da critica. Aclamado já em seu primeiro romance, Gente Pobre, incompreendido com o segundo, O Duplo, nenhuma outra obra sua porém, lhe rendeu ataques tão violentos quanto Os Demônios, de 1871. É nesta situação que, em janeiro de 1873, o escritor assume o cargo de redator-chefe do Grajdanin, semanário de política e literatura de propriedade do reacionário príncipe Miescherski, o que compromete ainda mais a imagem do escritor junto aos meios intelectuais e literários.
Primeiro texto de ficção publicado no Diário De Um Escritor, que então estreava como seção do Grajdanin, o conto "Bobók é sobretudo uma resposta no campo da ficção àquelas críticas feitas ao romance e ao escritor. Mas não é só. O texto dialoga com uma série de obras, como Diálogo dos Mortos, de Luciano de Samósata, algumas narrativas fantásticas de Puchkin ou o Diário De Um Louco, de Gogol, ao mesmo tempo em que, sempre com extrema ironia, vai rebatendo os ataques de seus desafetos literários. Toda essas referências literárias e biografias são minuciosamente analisadas pelo estudo do crítico, do professor e tradutor Paulo Bezerra que se segue ao conto, pela primeira vez vertido para o nosso idioma a partir do original russo.


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