Do Sexto Sentido: o Homem e o Encantamento do Mundo

Nós, os Homens, estamos irremediavelmente encantados. O encantamento aqui tratado produz a evolução, liga o ser humano a outros seres humanos de dupla forma: a primeira, que os animais também beneficiam, passa pelos cinco sentidos; a segunda passa pelo sexto sentido, apanágio do homem e que lhe permite representar o mundo dos outros a partir dos "signos das suas palavras e dos seus gestos". Boris Cyrulnik, nesta obra, consegue, muitíssimo bem, fazer-nos partilhar as falas de um recém-nascido a saída do útero materno, os universos sensoriais de um ratinho ou de um ursinho, ou arrebatar-nos para os arcanos, cheios de significado, dos nossos "comportamentos de boca", beijos ou canibalismo incluídos, para melhor nos demonstrar a força do discurso e das representações sobre a vida dos seres humanos. Sem estas curiosidades de etólogo, passando naturalmente dos Astecas, devorando os seus filhos, aos grandes Estados ocidentais sacrificando os seus no altar da guerra, o encantamento, que condena o humano a "estar-com" para "estar" arriscaria continuar o abstrato Enquanto os corpos se encantam uns aos outros, o além cativa pela via da hipnose, prende através de medos e sinais precoces. E o pequeno humano liberta-se pouco a pouco de um "estar-com" indiferença, depois mimético para "estar-com o outro quando se toma capaz de produzir uma representação gestualizada ou verba1izada". O sexto sentido é aquele que permite ao ser humano representar o mundo dos outros e que Boris Cyru1nik, nesta obra, explora enquanto médico e etólogo.


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