Ciência e Destino Humano

Neste mundo desencantado, dominado pelo Funcional, onde o homem perdeu toda concepção unitária e totalizante, inteiramente concebido segundo uma visão racional e objetiva, onde irá encontrar, se não as melhores razões, pelo menos os melhores motivos para viver e esperar? E respostas seguras para suas inquietações existenciais? Neste mundo dominado pelo império da razão calculadora e do monoteísmo do mercado, onde o indivíduo livre e soberano é reduzido a uma marionete realizando espasmodicamente os gestos que lhe impõe o campo sociocultural (ganhar dinheiro, consumir, gozar ou ser feliz com a ajuda farmacológica), quem irá despertá-lo do sono dogmático da apatia, da indiferença, do cinismo, do ceticismo e do cansaço utópico-político? Não lhe restaria apenas o Destino, esta crença num pensamento mágico, uma espécie de divindade identificada com um poder mais ou menos personificado, governando tudo que existe no universo e determinando uma vez por todas e irreversivelmente o curso geral dos acontecimentos e o desenrolar da história humana individual e coletiva?
Espinoza já dizia: "Se os homens tivessem o poder de organizar as circunstâncias de sua vida ao sabor de suas intenções ou se o acaso lhes fosse favorável, não seriam presas da supertição". As doutrinas nas quais se convencem de que a natureza com eles delira são devidas à essência e à fraqueza do ser humano que é movido, não tanto pela Razão, mas por seus desejos e paixões, balançando entre o medo e a esperança em face de um mundo que não mais lhe fornece a garantia de um sentido previamente dado. É neste contexto que o presente livro pretende analisar as principais relações da Ciência com o Mito e a Religião no interior de nossa cultura.


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