Armarinho de Miudezas

Armarinho de miudezas também poderia ser um baú de lembranças ou uma colcha de retalhos, porque reúne textos diversos, poéticos e ensaísticos, escritos entre 1983 e 1992, por Waly Salomão, além de novos textos produzidos na década de 90, publicados em jornais e revistas e que tiveram sua inclusão no livro sugerida pelo próprio autor. Um depoimento, "Contradiscurso: do cultivo de uma dicção da diferença", da década de 70, mas ainda inédito, também foi incorporado na terceira parte do livro.
A obra acaba por compilar também – e ratificar – o estilo plural e, ao mesmo tempo, único de um poeta que afirmava que "a memória é uma ilha de edição". Em ‘Ars Poética/Operação Limpeza’, poema que abre este livro, Waly decreta que saudade é "uma palavra a ser banida do uso corrente", conceito difícil de ser interiorizado por aqueles leitores de sua obra que ficaram órfãos de um poeta nada comportado ou nada previsível. Como não sentir saudades do seu estilo provocador, agitador, excessivo, presente mais uma vez neste Armarinho de miudezas?
Waly é único justamente por conseguir conjugar tanta pluralidade com um estilo rigoroso, inimigo da banalidade. Seu método de exposição/criação de conceitos é descrito com clareza e autoconsciência exemplar. O próprio título do livro já denuncia o "labirinto das quebradas" tão característico de seu pensamento.


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