Náufrago, O

Se a Modernidade, afinal, ainda não inventou nem pôs à venda um "competentômetro", o mais e o menos que um crítico, um professor da teoria literária pode fazer é aceitar tudo o que lê sem o olho vesgo dos preconceitos. Ler não é dividir o mundo entre o inferno dos maus e o paraíso dos bons. Todos os discursos - mas todos - têm direito a existir. Findou para sempre a idéia de que o crítico é o juiz que classifica um livro de mau a ótimo, e isto foi o que de mais interessante a Modernidade trouxe. Em todos os domínios, a perspectiva de escala. A relatividade. O relativismo. O melhor contributo que a modernidade trouxe para atenuar o orgulho e arrogância do umbilicalismo ocidental. O paradoxo da arte, hoje, é este e está contido, em termos quase didáticos, no romance alegórico de Thomas Bernhard, O Náufrago.





Editora: Companhia das Letras



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