Paris Era Ontem: 1925-1930
Em Paris era ontem, Janet Flanner descreve a Cidade Luz durante seus anos de brilho mais intenso. O livro é composto principal mente por material selecionado das "Carta de Paris", que Flanner publicou quinzenalmente na revista New Yorker, de 1925 a 1939. Juntas, essas cartas dão uma visão única da vida política, social e cultural francesa nas décadas de 20 e 30 - entre o début de Josephine Baker e a evacuação da capital francesa, com o inicio da Segunda Guerra Mundial. "Em qualquer estação, e o ano inteiro, à noite, a vista da cidade, para quem esta nas pontes, sempre foi requintadamente pictórica", escreve a autora na apresentação. "Os olhos da pessoa tornavam-se os de um pintor, porque a vista, em si, aproximava-se da artes com as estreitas e pálidas fachadas dos prédios margeando o rio; com as altas árvores crescendo até quase à beira d´agua; com, atrás delas, o vasto claro-escuro do palaciano Louvre, clareado pela luminosa cor de limão do crepúsculo de Paris, a distância, na direção oeste; com a grande silhueta de pedra, quadrada e clara, da Notre Dame, a leste." E conclui: "No inicio da década de 1920, quando eu era uma recém-chegada lá, Paris ainda era ontem". Nas vinhetas fluentes e pequenos ensaios que compõem Paris era ontem, Flanner escreve com a mesma eloqüência sobre arte (com destaque a "invasão americana" - Lindbergh, Mae West, Herningway), política (o affaire Stavisky, o acordo de Munique) e, obviamente, sobre os sedutores detalhes cotidianos daquela cidade, naquele tempo.
Editora: José Olympio
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